Consulta de Vulva

Consulta da Vulva

O recente Núcleo da Vulva, onde a ginecologia, dermatologia, psicologia e enfermagem trabalham em equipa, surgiu da necessidade de se criar um espaço dedicado unicamente a todas as patologias associadas à vulva.

Por ser uma área tão relevante no bem-estar físico e mental da mulher, e por vezes não valorizado levando a muitos anos de sofrimento e desgaste emocional, este núcleo pretende acompanhar estas mulheres desde o diagnóstico até ao tratamento, recorrendo também a terapêuticas inovadoras, para conseguir responder às necessidades específicas destas situações clínicas.

Exemplos das patologias que acompanhamos:

O líquen escleroso é uma doença de pele que faz com que apareçam manchas cutâneas esbranquiçadas, espessadas e enrugadas. Afecta mais frequentemente a pele à volta da vulva ou do ânus e pode dar comichão, ser dolorosa e causar cicatrizes permanentes.
O líquen escleroso atinge cerca de uma em cada 80 mulheres. Pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em mulheres de meia-idade e idosas. Para a maioria das mulheres, é uma doença que dura toda a vida. 4% das mulheres com esta doença acabam por desenvolver cancro da vulva.

Quais são os sinais do líquen escleroso?
Os sintomas incluem:
Comichão crónica na zona vulvar ou anal (que pode desaparecer e voltar mais tarde);
Pele com um aspeto pálido, mais espesso ou enrugado; Dor se a pele estiver fissurada, também devido ao facto de se coçar.
A pele afetada pelo líquen escleroso pode também cicatrizar e aderir à pele vizinha. Isto pode alterar a estrutura anatómica da vulva – por exemplo, os pequenos lábios podem parecer achatados ou até dar a ideia que desapareceram, o clítoris pode ficar escondido debaixo do prepúcio e/ou a abertura da vagina pode encolher. Por vezes, isto pode afetar a sua capacidade de ter e/ou desfrutar de relações sexuais.

O que causa o líquen escleroso?
Infelizmente, ainda não se sabe.
Alguns investigadores pensam que o líquen escleroso pode ser uma doença autoimune, em que o seu sistema imunitário destrói a pele em vez de a proteger. O Líquen escleroso parece ser mais comum em mulheres com outras doenças autoimunes, como problemas de tiróide ou colite ulcerosa.

Como é que o líquen escleroso é diagnosticado?
O seu médico pode diagnosticar o líquen escleroso observando a sua vulva. Por vezes, pode recolher uma pequena amostra da pele da vulva (chamada biópsia) e enviá-la para um laboratório para análise.
Infelizmente, o líquen escleroso é por vezes confundido com outras doenças, que também causam comichão na vulva, pelo que se os sintomas persistirem, deve consultar um ginecologista ou um dermatologista especialistas em doenças da vulva.

Como é que o líquen escleroso é tratado?
Infelizmente, não existe cura ou forma de eliminar completamente o líquen escleroso. No entanto, existem formas de reduzir ou atenuar os sintomas para que possa viver confortavelmente com ele. A pomada de corticosteroides aplicada na vulva pode proporcionar alívio e impedir que o líquen escleroso se agrave. O uso do Laser, do Plasma Rico em Plaquetas e das Ondas Choque são opções de tratamento inovadoras e a sua escolha depende do grau de evolução da doença.
Terá também de fazer exames regulares para monitorizar o líquen escleroso. Informe se notar quaisquer novas alterações na sua vulva.

Posso ter relações sexuais se tiver líquen escleroso?
É seguro ter relações sexuais. Não se pode transmitir o líquen escleroso a alguém porque não é uma infeção sexualmente transmissível ou contagiosa. No entanto, pode ser doloroso porque as cicatrizes podem tornar a pele da vulva (e o orifício vaginal) mais apertada e mais suscetível de lacerar.

O líquen plano é uma doença inflamatória que pode causar nódulos na pele e/ou feridas em zonas húmidas como a boca, a vagina e à volta da vulva, etc. É frequentemente doloroso e por vezes provoca comichão. Se não for tratado, o líquen plano pode causar cicatrizes permanentes e possivelmente cancro. Para a maioria das mulheres, é uma doença para toda a vida.

Quem está em risco?
Cerca de 1 em cada 100 pessoas irá ter líquen plano em algum momento. Não é causado por uma infeção e não pode ser transmitido a outras pessoas. O líquen plano afecta normalmente homens e mulheres na meia-idade. Um número igual de homens e mulheres tem líquen plano na pele, mas as mulheres têm duas vezes mais probabilidades de ter líquen plano oral (dentro da boca). A doença é rara em pessoas muito jovens ou muito idosas.

Quais são os sinais do Líquen Plano vulvar?
Os sintomas incluem:
Manchas castanhas avermelhadas ou esbranquiçadas na parte interna da vulva;
Dor ou ardor à volta da vulva e/ou da vagina;
Comichão na zona vulvar.
Em casos graves, o líquen plano pode causar cicatrizes que alteram a estrutura da vagina e da vulva. Os pequenos lábios podem parecer achatados ou até dar a ideia que desapareceram, o clítoris pode ficar escondido debaixo do prepúcio e/ou a abertura da vagina pode encolher ou os lados da vagina podem fundir-se. Por vezes, isto pode afetar a sua capacidade de ter e/ou desfrutar de relações sexuais.

O que causa o líquen plano?
Aparentemente, o líquen plano pode ser uma doença autoimune, em que o sistema imunitário fica confuso e destrói a pele em vez de a proteger.

Como é diagnosticado o líquen plano?
O seu médico pode diagnosticar o líquen plano observando a sua vulva. Por vezes, pode fazer uma pequena biópsia da pele vulvar para confirmar o diagnóstico. Por vezes, o líquen plano pode ser confundido com outras doenças da pele (como o
líquen escleroso), por isso pode ser melhor consultar um ginecologista ou dermatologista especialistas na área.

Como é que o líquen plano é tratado?
Infelizmente, não existe uma cura ou uma forma de eliminar completamente o líquen plano genital. No entanto, existem formas de reduzir ou atenuar os sintomas para que possa viver confortavelmente com a doença.
O creme de cortisona aplicado na vulva e na vagina pode proporcionar alívio e impedir que o líquen plano se agrave. Outros tratamentos dependem da situação clínica e evolução da doença. Terá também de fazer exames regulares com o seu médico para vigiar o líquen plano. Informe-o se notar quaisquer novas alterações na sua vulva e vagina.

Posso ter relações sexuais se tiver líquen plano?
É seguro ter relações sexuais. Não se pode transmitir o líquen plano a ninguém porque não é uma infeção sexualmente transmissível ou contagiosa. No entanto, as relações sexuais podem ser dolorosas, porque as cicatrizes podem tornar a pele da vulva (e a abertura vaginal) mais apertada e mais suscetível de
fissurar.

A vulvodínia é um tipo de dor ou desconforto prolongado à volta da parte exterior dos órgãos genitais femininos, denominada vulva. Dura pelo menos três meses e não tem uma causa clara.
Esta dor pode ou não ser desencadeada pelo toque e pode ser sentida numa zona ou em toda a vulva. Nas mulheres com vulvodínia, o tecido da vulva pode parecer ligeiramente inflamado ou inchado embora, frequentemente, não tenha um aspeto diferente do habitual.
Trata-se de uma doença crónica que pode durar meses ou anos. Para algumas mulheres, pode ser tão desconfortável que sentar-se durante longos períodos, usar tampões, roupa justa, andar de bicicleta ou ter relações sexuais é difícil ou impensável. Pode sentir a dor em toda a vulva. A isto chama-se vulvodínia generalizada. Ou a dor pode surgir numa determinada área, como o tecido que rodeia a abertura da vagina, chamado vestíbulo. Esta situação é conhecida como vulvodínia localizada/vestibulodinia e é mais comum do que a generalizada.
A vulvodínia pode afetar as mulheres em qualquer idade, mas é mais frequente nas mulheres jovens que têm dores durante as relações sexuais e que, muitas vezes, não conseguem ter relações sexuais com penetração (a chamada vestibulodínia provocada).

O que é que causa a vulvodínia?
Infelizmente, ainda não se sabe. Alguns estudos sugerem que as mulheres com vulvodínia podem ter nascido com mais terminações nervosas na área à volta e entre a uretra e a vagina (chamada vestíbulo) e que, se estes nervos forem danificados, a área se torna hipersensível.
Aparentemente, esta lesão pode ser desencadeada por infecções crónicas, traumas sexuais (por exemplo, abuso sexual, sexo sem lubrificação suficiente) e parto.

Como é que a vulvodínia é diagnosticada?
Não existe nenhum teste especial para a vulvodínia – apenas testes para provar que a dor não é causada por outras doenças. Normalmente, o médico faz um exame físico e pode recolher e analisar amostras da vagina e da vulva para excluir outras causas, como infecções ou alergias.
Infelizmente, nem todos os médicos estão familiarizados com a vulvodínia e, por vezes, concluem que a dor vulvar de uma mulher é causada por um problema psicológico. Se não conseguir obter alívio da dor vulvar ou se quiser uma segunda opinião, pode ser útil consultar um médico ginecologista especialista nesta área.

Como se trata a vulvodínia?
As opções de tratamento dependem das queixas e da situação clínica em particular, sendo a administração de toxina botulínica Botox® um tratamento recente e com excelentes resultados.

O síndrome genitourinário da menopausa (SGUM) é um termo relativamente novo para a doença anteriormente conhecida como atrofia vulvovaginal, vaginite atrófica ou atrofia urogenital. O termo foi introduzido pela primeira vez em 2014.
O SGUM é uma doença crónica, progressiva, vulvovaginal, sexual e do trato urinário inferior, caracterizada por um amplo espetro de sinais e sintomas. A maioria destes sintomas pode ser atribuída à falta de estrogénio que caracteriza a menopausa. Embora a doença afecte principalmente as mulheres na pós-menopausa, também se observa em muitas mulheres na pré-menopausa. O estado hipoestrogénico resulta em alterações hormonais e anatómicas no trato genitourinário, sendo a secura vaginal, a dispareunia e a lubrificação reduzida os sintomas mais prevalentes e incómodos.
Estes sintomas podem ter um grande impacto na qualidade de vida das mulheres afectadas, especialmente das que são sexualmente activas.
O SGUM é uma síndrome frequentemente subdiagnosticado e subtratado. A atrofia vulvar pode tornar doloroso o simples facto de se sentar, andar ou urinar. A frequente “vontade de urinar” ou incontinência perturba o sono e pode causar embaraço social.
As relações sexuais dolorosas (dispareunia) levam frequentemente a que se evitem e podem causar stress nas relações.

Quais são os sinais/sintomas?
Sintomas vaginais e vulvares:
Perda da espessura dos lábios da vulva e do prepúcio do clítoris;
Estreitamento e estenose do introito;
Encurtamento e estreitamento vaginal;
Prolapso;
Secura vaginal, não só nas relações sexuais, mas também na vida quotidiana; Irritação/queimadura/comichão na vagina;
Perda das rugas vaginais;
O pH alcalino altera o microbioma vaginal com perda de Lactobacilos (pH vaginal»4,5);
Corrimento persistente ou recorrente com odor (não é Cândida na pós-menopausa);
Dor/pressão pélvica vaginal.
Sintomas sexuais:
Relações sexuais dolorosas;
Diminuição da lubrificação durante a atividade sexual; Percepção do tato alterada, hipersensibilidade ou diminuição da sensibilidade;
Perda da estimulação do clítoris;
Diminuição da excitação/perda de libido; Incapacidade de atingir o orgasmo;
Hemorragia após a atividade sexual.
Sintomas urinários:
Micção dolorosa;
Urgência urinária;
Incontinência urinária (de esforço e de urgência); Infecções urinárias recorrentes;
Carúncula uretral (crescimento vascular vermelho na uretra);

Opções de tratamento para SGUM
Existe ajuda. As opções de tratamento que são seguras e eficazes estão disponíveis para muitos pacientes, incluindo sobreviventes de cancro da mama.
O principal objetivo do tratamento da SGUM é conseguir o alívio dos sintomas. Alterações do estilo de vida deve ser um começo (manutenção da atividade sexual, se possível, e cessação do tabagismo, entre outras). O tratamento de primeira linha consiste em terapias não hormonais, como lubrificantes, hidratantes e tratamentos locais com ácido hialurónico, enquanto a terapia hormonal com produtos estrogénicos locais é geralmente considerada o “padrão de ouro”. As abordagens terapêuticas mais recentes com moduladores selectivos dos receptores de estrogénio (SERM) ou tecnologias laser (por ex. MonaLisa Touch) podem ser utilizadas como opções alternativas. As opções de tratamento podem incluir outras abordagens que vão depender do seu médico e da sua situação clínica.

Exemplos de tratamentos que fazemos:

O Plasma Rico em Plaquetas (PRP), que é retirado do seu próprio sangue, é injetado na vulva e na vagina, dependendo da indicação clínica.
O PRP é preparado a partir de uma amostra de sangue da própria pessoa, através de uma técnica especial de centrifugação que separa o sangue em vários elementos, nos quais se aproveita a parte do plasma rica em factores de crescimento de forma a estimular a regeneração celular e acelerar a reparação tecidular, que é depois injectado em áreas específicas da vulva e vagina, desencadeando um processo regenerativo nos tecidos.

Esta estimulação de crescimento celular aumenta a sensibilidade da área a ser tratada, assim como a firmeza e textura do orifício vaginal. Assim, os resultados observados da aplicação de PRP dependem do doente e do local onde foi administrado, mas os benefícios estarão entre os seguintes: rejuvenescimento da vulva, introito vaginal mais firme, redução de desconforto causado pela atrofia vulvovaginal, aumento da lubrificação natural, rejuvenescimento da pele em outras doenças, como líquen escleroso vulvar ou cicatrizes da episiotomia.

Estas injecções são feitas com anestesia?
A anestesia tópica é normalmente utilizada para adormecer a área.

É necessária medicação para a dor após a injeção?
Normalmente, os pacientes não sentem dor depois da injeção.

Efeitos Secundários?
Como o PRP é recolhido do seu próprio sangue, os eventuais efeitos secundários são raros.

Quando devo notar algum efeito?
Pode retomar atividade sexual 24 horas depois de realizar o procedimento. No entanto, os resultados serão notórios cerca de três semanas após o tratamento. Pode ser necessário a repetição do tratamento.

O termo “O-Shot” é uma marca registada que é a abreviatura de “Orgasm” shot. O Plasma Rico em Plaquetas (PRP), que é retirado do seu próprio sangue, é injetado no clítoris e na vagina na área do ponto de Grafenburg, ou “Ponto G”, a zona erótica dentro da vagina na proximidade da uretra.

O tratamento O-Shot® é um procedimento simples que utiliza o PRP e que consiste na reparação tecidular através das propriedades regenerativas do seu próprio sangue.
Os benefícios do PRP evoluíram também para o tratamento de disfunções sexuais.
A diminuição do prazer sexual pode ser uma consequência da dificuldade, ou mesmo incapacidade, da mulher atingir um orgasmo. Nestes casos específicos o PRP pode ser injectado no orgão sexual feminino, mais especificamente no clitóris, de forma a aumentar o prazer sexual.

O-Shot® é preparado a partir de uma amostra de sangue da própria pessoa, através de uma técnica especial de centrifugação que separa o sangue em vários elementos, nos quais se aproveita a parte do plasma rica em factores de crescimento de forma a estimular a regeneração celular e acelerar a reparação tecidular, que é depois injectado em áreas específicas da vulva e vagina, desencadeando um processo regenerativo nos tecidos.

Estas injecções aumentam o prazer sexual?
Os dados preliminares indicam que estas injecções podem aumentar os orgasmos de algumas mulheres. No entanto, nas mulheres que nunca atingiram o orgasmo, é pouco provável que ajudem.
Esta estimulação de crescimento celular aumenta a sensibilidade da área a ser tratada, assim como a firmeza e textura do orifício vaginal. Assim, os resultados observados da aplicação de PRP dependem do doente e do local onde foi administrado, mas os benefícios estarão entre os seguintes: aumento da líbido, rejuvenescimento da vulva, introito vaginal mais firme, redução de desconforto causado pela atrofia vulvovaginal, aumento da lubrificação natural, rejuvenescimento da pele em outras doenças, como líquen escleroso vulvar ou cicatrizes da episiotomia.

Estas injecções são feitas com anestesia?
A anestesia tópica é normalmente utilizada para adormecer a área.

É necessária medicação para a dor após a injeção?
Normalmente, os pacientes não sentem dor depois da injeção.

Efeitos Secundários?
Como o PRP é recolhido do seu próprio sangue, os eventuais efeitos secundários são raros.

Quando devo notar algum efeito?
Pode retomar atividade sexual 24 horas depois de realizar o procedimento. No entanto, os resultados serão notórios cerca de três semanas após o tratamento. Pode ser necessário a repetição do tratamento.

Corpo Clínico

Dra. Bárbara Bettencourt
Dra. Bárbara BettencourtGinecologia
Ginecologia Geral.
Patologia do colo uterino, vagina e vulva, associado ao virus HPV.
Consulta Monalisa Touch (rejuvenescimento laser vaginal + vulvar).
Consulta da Vulva: Vulvodinia (dor vulvar), Distrofia (Liquen Escleroso e Liquen Plano), Sindrome Genito – Urinário da menopausa (SGUM).
Aplicação Vulvar:
Toxina Botulínica – Botox ® (Situação de dor vulvar – Vulvodinia);
PRP (Plasma Rico em Plaquetas) – Aplicação vulvar e vaginal em múltiplas situações clínicas (líquen vulvar, correcção de cicatrizes, etc);
PRP Clitóris – O´Shot® ;
Ácido hialurónico.
Dra. Filipa Rocha Páris
Dra. Filipa Rocha PárisDermatologia
Dermatologia geral, em especial psoríase, acne, tumores cutâneos (rastreio e tratamento), doenças do cabelo e unhas.
Cirurgia dermatológica.
Dermatologia cosmética.
Terapêutica com laser.

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