Endometriose na Adolescência, em foco na SPG

Endometriose, Dr. José Reis na 201ª reunião da SPG

O Dr. José Reis fez parte da comissão científica e organização da 201ª reunião da Sociedade Portuguesa de Ginecologia onde moderou as sessões “Endometriose na Adolescência” e “Ryeqo® na prática clínica atual”. Esta reunião científica teve como lema o “foco na inovação” e contou com a participação de médicos de todo o país e também de especialistas estrangeiros.
Do painel de discussão sobre endometriose, fizeram ainda parte a Dra. Fátima Faustino (atual presidente da SPG), a Dra. Irina Ramilo (especialista em Gin/Obst), a Dra. Ana Duarte Ferreira (Psicóloga) e a Dra. Susana Fonseca (Presidente da Associação Portuguesa de Apoio a Mulheres com Endometriose).
Vários estudos demonstraram o impacto da dor pélvica crónica no bem-estar psicológico das mulheres e adolescentes com endometriose, bem como na sua qualidade de vida. Nomeadamente, a dor pélvica e a infertilidade estão associadas à vulnerabilidade psíquica e em casos mais extremos ao maior consumo de psicofármacos.
Neste contexto, o diagnóstico é de extrema importância, especialmente no que diz respeito às adolescentes e jovens, permitindo a implementação de medidas no sentido de otimizar a qualidade de vida, aliviar a sintomatologia e diminuir o impacto negativo da doença na fertilidade futura.

É necessária uma abordagem multidisciplinar das adolescentes que sofrem de endometriose, por uma equipa médica composta por ginecologistas, psicólogos, psiquiatras e sexólogos, de modo a criar um plano de tratamento individualizado. Esta abordagem pode facilitar a deteção precoce de condições psicopatológicas associadas à endometriose e melhorar os sintomas desta doença, contribuindo para uma melhoria da qualidade de vida destas doentes.
Quando indicada, os benefícios da terapêutica médica são o alívio sintomático, a interrupção da progressão da doença e a preservação da fertilidade futura.
Após avaliação médica, a dismenorreia em adolescentes é normalmente tratada empiricamente com AINE e/ou pílula combinada e tanto a dismenorreia primária como a secundária podem responder a esta terapêutica.